terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Após lançamento da campanha salarial, servidores de Patos (PB) cogitam paralisação

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Com dezenas de servidores públicos municipais nas ruas de Patos na última sexta-feira (14), o Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos (Sinfemp), fez o lançamento da campanha salarial 2014.
O ato público, promovido em frente à Prefeitura de Patos, reuniu diversas categorias que fizeram em suas intervenções revelaram as péssimas condições de trabalho e salários, e exigiram uma solução para os problemas enfrentados no dia-a-dia no serviço público.
Professores, aposentados e pensionistas, coveiros, garis, vigias, motoristas, auxiliares de serviços, técnicos administrativos, técnicos de enfermagem, enfermeiros, recepcionistas, pedreiros, serventes, encanadores, pintores, psicólogos, assistentes sociais, orientadores educacionais, telefonistas, auxiliares de saúde bucal, agentes de saúde, agentes de combate às endemias, técnicos em informática, fiscais de tributos, médicos veterinários, enfermeiros, nutricionistas, guardas municipais, dentre outras categorias, denunciaram as condições de trabalho, como também as condições salariais.
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A luta das mais diversas categorias é pela isonomia salarial, para os que exercem as mesmas funções no município, a exemplo dos técnicos administrativos e auxiliares de serviços, pois enquanto uns ganham apenas o salário mínimo, outros ultrapassam esse valor, infringindo o que determina a lei.
Os coveiros denunciaram que falta equipamento de proteção individual e locais adequados para que possam trocar as suas vestimentas, pois muitos tem que fazer isso por trás dos túmulos, se expondo aos visitantes e a população em geral.
Os pedreiros, serventes de pedreiros, também reclamaram que não tem transporte adequado para o deslocamento dos mesmos e sequer um local para guardar as ferramentas, além de não receberem insalubridade e ter uma diária de apenas R$ 30,00 (trinta) reais por dia de serviço.
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Os psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, orientadores educacionais, falaram que os seus salários estão congelados e que recebem totalmente inferior aos demais profissionais que tem curso superior no município.
Os médicos veterinários e engenheiros também denunciaram que recebem apenas R$ 1.400,00 (hum mil e quatrocentos reais), enquanto outros médicos veterinários do município recebem R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos) querendo neste caso a isonomia e também aumento salarial.
Foi denunciado ainda que mulheres grávidas que trabalham na secretaria de agricultura e que tem que exercer as suas atividades no Matadouro Público, não sequer banheiros, locais adequados para trabalhar, falta de segurança e ainda não recebem insalubridade.
Os agentes de endemias e saúde não está recebendo dentro do mês trabalhado igual aos demais servidores da secretaria de saúde, sendo discriminados pela atual gestão.
Aposentados e pensionistas exigem o aumento salarial de 8,32% que não foi implantado no mês de janeiro de 2014.
Os servidores da saúde também reclamaram o congelamento de salários desde 2012, quando receberam o último aumento de 20% tendo sido congelados em 2013 e até o momento não foi atendida a proposta de 30% apresentada pelo sindicato.
Para a presidente do Sinfemp, Carminha Soares, os problemas aumentaram substancialmente em Patos, pois a Prefeitura não está cumprindo o que diz o estatuto do Servidor Público Municipal, a Lei Orgânica do Município e nem tampouco o atual PCCS da saúde, pois se negou a pagar o adicional noturno de 25% e mais a isonomia salarial para os odontologos. No caso da insalubridade também não implantou os 40% de acordo com o laudo e apenas 20% para os dentistas e auxiliares de saúde bucal.
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O vice-presidente do Sindicato, José Gonçalves denunciou a liberação dos servidores para as férias. "A prefeitura está praticamente impondo o dia em que o servidor deve gozar férias, tendo que ser regularizada a situação e respeitado o direito de todos".
O presidente do Sindacse, João Bosco Eleutério de Assis, afirmou que a entidade não vai aceitar que os agentes de saúde e de endemias recebam todos os meses os seus salários atrasados, pois os recursos estão vindo normalmente do Ministério da Saúde.
Nesta segunda e terça (17 e 18), estão marcadas as audiências com a prefeita Francisca Mota para discutir a pauta salarial de todas as categorias. O sinfemp espera que sejam solucionados os problemas.
Fonte: Sinfemp

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